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Charles Francis Xavier
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Charles Francis Xavier


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MensagemAssunto: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeQua Jun 24, 2015 1:02 am

Refeitório  Refeitorio

O refeitório. Há frigobares e máquinas de refrigerante/biscoitos também.
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Erik Magnus Lehnsherr

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeSex Jul 31, 2015 8:41 am

Após a tão demorada saída do quarto, Erik para um pouco e pensa-"Ele me chamou de velho?"- e então pode ter uma amostra ainda maior da impaciência do velocista.
Mal começaram a descer as escadas e as perguntas começaram, e não eram do tipo "Quando o instituto foi fundado?" mas sim do tipo "Quantos degrais tem essa escada?" "Quer me ver descer e subir?".
Todas aquelas perguntas tão bobas apenas geravam uma cara amarrada em Erik que preferiu responder as perguntas menos infantis. Erik então fala rapidamente temendo uma futura e quase certa interrupção.

-Eu controlo metal e campos magnéticos, é como se...você não entenderia...ah, nós já chegamos.~ após alguns passos Erik olha para uma mulher que está atrás dum balcão onde ficam as comidas, provavelmente esperando os alunos~ Tire o dia de folga, certo? Eu tomo conta daqui até os alunos chegarem.

Quando a tal mulher saiu, Magnus andou até a máquina de refrigerantes e tirou uma moeda do bolso. Acenando para Pietro se aproximar, ele pôe a moeda na máquina e a lata sai, mas Erik afasta o a mão e a moeda volta, logo o movimento se repete e duas latas estão lá agora, o polonês guarda a moeda no bolso com um sorriso discreto.

-Reciclagem não é um dos meus melhores truques~Ele levanta a mão e todas as tampas prateadas do balcão, que agora se mostrava um grande divisor de diversas comidas inclusive sorvete, voam pelo ar até caírem longe dalí~ Sirva-se, quando os outros chegarem não vai sobrar nada.

Erik estende a mão e uma das cadeiras das mesas que se espalhavam por lá vem em sua direção se encaixando em sua mão e ele sentasse nela. Agora parecia uma boa hora para fazer todas as perguntas que deixou para depois.

-300 por mês é muito apenas para lhe incentivar a ficar, me parece que esse dinheiro é mais para mantê-lo longe de casa. O que você fez para sua mãe te querer longe de lá?

Erik observa atentamente Pietro, sua impaciência era um empecilho terrível, porém a velocidade do garoto é fascinante, se tornava invisível de tão veloz que poderia se tornar. Pietro é um exemplo perfeito do poder da evolução sob os simples homens, organismo algum sobreviveria a tanta velocidade física, mental e até no seu metabolismo. E exatamente por isso organismo algum além dele alimentara uma ideia absurda na mente do polonês.

- Você disse que em menos de dois minutos, pode ir e voltar de Los Angeles. O quão rápido você já correu? O que de mais arriscado já fez? Duvido que tenha sido algo grande.

Os olhos azuis de Erik apenas fitaram fortemente os olhos claros de Pietro, mesmo com um leve sorriso, o polonês mantinha o tom desafiador buscando tocar o ponto que mais parecia sensível no velocista. Seu orgulho.
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Pietro Maximoff

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeDom Ago 02, 2015 1:49 am

- Já saquei. Além de funcionar como um imã você também pode voar e outras coisas bizarras assim com campos magnéticos, é isso?- Pietro bocejou, enquanto via o professor falar com a tal atendente. Mas aí, Pietro se manteve calado, a seguir. Ele parou um pouco, olhou para cima, como se estivesse com alguma ideia sendo esclarecida em sua cabeça.- Sabe... minha mãe saía com um cara que fazia essas coisas.

Ele deu de ombros, como quem não quer nada, então, seguindo Erik quando este fez a performance com a máquina de refrigerante.

- Eu até ia falar que lá no ferro velho você ainda ia ser de grande ajuda, fazendo metade do trabalho que aquelas máquinas fazem, mas, é.- ele abriu um sorrisinho de canto.- Sacaneando máquinas assim, você vai se dar muito bem. Aliás, belo truque.

O jovem sumiu da frente de Magnus de novo. Seria difícil encontrá-lo antes de uma boa inspeção ao redor. Porém, quem prestasse mais atenção, veria-o ali, abaixado logo detrás de uma máquina eletrônica recentemente afastada da parede. Ele tirou o lacre atrás, a placa de metal presa com parafusos, com uma facilidade extrema; ele só precisou girar bem velozmente o dedo mindinho em cada um para que servisse como uma chave de fenda - que, por mais que não encaixasse nos parafusos, a pressão da velocidade os faria se desprender e girar para fora.
Depois que, em segundos, a placa metálica caiu no chão e os cabos e configurações da máquina se tornaram à mostra, Pietro simplesmente pôs a mão inteira lá dentro...
A máquina tremeu. E tremeu mais. Os fios se chocaram lá embaixo, e, no segundo seguinte, a máquina simplesmente cuspiu uma pepsi para longe, além de atirar moedas para todos os lados pelo mesmo buraco em que elas deviam entrar.
Pietro sumiu dali de trás de novo. Não foi difícil para ele pegar a pepsi enquanto ela ainda estava viajando lentamente - para ele - no ar, e depois recolher as mesmas moedas extirpadas da máquina enquanto elas também "flutuavam" à sua frente.  
É claro, para Magnus, aquilo tudo não passaria de um vulto prateado que era o garoto se movendo para lá e para cá.
Porém, quando Pietro parou, no fim, ele guardava o monte de moedas no bolso, e abria a pepsi que tinha em mãos.

- Mas o meu truque é melhor, né?- ele sorriu... tão cinicamente quanto aquilo soou.- Nem se surpreende, cara. A técnica da minha namorada é ainda mais legal.

E só então Erik poderia notar que ambas as latinhas que ele havia feito sair da máquina estavam no chão... e vazias.
Quando foi que Pietro tomara as duas? Sequer pôde se ouvir o barulho delas.
Bem, ele já estava longe o suficiente para responder, cutucando o sorvete de hortelã que havia se mostrado ali depois que o professor fizera as bandejas de metal voarem longe.
Ele tomou um gole da pepsi, deixou-a sobre o balcão, e se dedicou a segurar um recipiente de vidro em formato de flor - muito bonito, pra ser sincero - e agarrou a colher profunda com uma curvatura mergulhada em água morna, se dedicando a encher aquele recipiente com o sorvete esverdeado, misturando-o com uma boa porção de sorvete de chocolate, também.

- Ah, longa história. Minha mãe é meio temperamental. Ela só não queria eu bagunçando a casa logo depois que ela é limpa, colocando som alto, trazendo amigos que ela não gosta - ele realmente parecia estar fazendo uma lista. Seu semblante era indiferente, contudo, e ele citava cada coisa deixando sua voz livre de qualquer reticências ou pausa.-, deixando ela preocupada porque volto tarde da noite e, acima de tudo, ela queria parar de receber visitas de policiais semana sim e semana não, porque os vizinhos iam falar mal dela. Mas eles já falam.- Pietro deu de ombros.- Ela disse que eu precisava me educar, então ela me pôs aqui depois de falar com o tal Xavier na sala dele. Mas eu posso voltar pra casa, se eu quiser. Aí que entra a parte dos trezentos reais. Além do mais, acho que já tava na hora de ter um lugar só pra mim. Não que aqui seja exatamente assim, mas pelo menos não tem minha mãe pra abrir a porta do quarto enquanto eu tô tomando banho, era chato isso. Eu só sinto saudades das minhas irmãs, mas eu vejo elas vez ou outra.

Mais uma vez, Pietro não pareceu realmente se importar se tinha falado demais - ele sempre falava - e com o quê ele se preocupava, afinal?
No fim, seu recipiente já estava cheio de sorvete... e a cobertura de chocolate cobri-o inteiramente, de tal forma que havia uma poça desta dentro do vidro. Muita cobertura.
No fim, ele botou uns granuladinhos e pegou uma colher miúda, se dirigindo á mesa mais próxima de onde Erik estava.
Ele se sentou, mas as palavras de Erik o fizeram atrasar a colherada que ele pretendia botar na boca.

- Ah é? Acha que não foi nada grande? Eu já fiz mais coisas do quê você imagina, coroa. Eu passo da velocidade do som. Da última vez que fiquei empolgado, eu destruí a cidade de Ballvile inteira. Vitrines, carros, casas... daí me chamaram de furacão na TV.- ele riu.- E de Raio Prateado.
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Erik Magnus Lehnsherr

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeDom Ago 02, 2015 5:22 am

- Geralmente eu não faço isso, mas queria mostrar que eu também sei como...espera, você disse que sua mãe conheceu alguém como eu...eu pensei que eu era o único que fizesse isso...

O rosto tranquilo e pacificamente sorridente que Erik mantinha após ouvir do garoto que o que acabara de fazer era um "Belo truque" se tornou uma mistura de espanto por parte da afirmação de Pietro e por surpresa, ou melhor, falta de costume de vê-lo se transformar tão rapidamente num vulto cinza. A tentativa de acompanhar os movimentos do garoto eram obviamente inúteis, pois cada vez que Erik pensava ter achado o fujão prateado, ele simplesmente virava outro vulto e continuava a correr.
A desistência fez Erik voltar a olhar para frente, mas foi apenas para voltar o rosto para trás novamente atraído pelo barulho que vinha da máquina que ele acabara de se distanciar, mas o quê realmente causa o barulho? o que aconteceu? Bem, não havia como Erik saber, Pietro era como uma lagartixa escorregadia e os olhos do polonês eram mãos que tentavam pegá-las mas sem êxito, só se sabia uma coisa, ele tinha algo haver com isso.
Esse pensamente se fez ainda mais claro quando o velocista apareceu na sua frente segurando uma latinha de pepsi na mão enquanto guardava moedas que pelo jeito apareceram magicamente, ma verdade pensar assim era um jeito de Erik fugir da responsabilidade. Antes que pudesse perguntar qualquer coisa o barulho do alumínio oco tocando o piso fez Erik ainda reparar nas latinhas vazias que rolaram um pouco antes pararem no chão.

- Na verdade, qual a graça do truque se eu não o vi acontecer?~Um leve riso e Erik acompanha Pietro enquanto enche aquele recipiente~ Olhe, se alguém reclamar que você quebrou essa coisa, é melhor você arranjar uma boa desculpa. E...me conte um pouco sobre sua mãe...você por acaso não tem uma irmã gêmea tem?~ O olhar meio suspeito ao ouvir Pietro falar sobre a mãe aparentemente mal falada é trocado por um soluçar de surpresa~ Que truque? O da sua namorada, ela também é uma de nós? Sabia que aquele arder no meu rosto quando ela me tocou não foi a toa, o que ela faz?

O interesse estava claro nos olhos azuis de Erik mas logo esse interesse e fascínio mudou de foco quando Pietro falou sobre o acontecido, "O furacão de Ballvile" que nenhum radar climático pode prever, que praticamente destruiu toda a cidade...foi apenas Pietro ao se empolgar? seria cômico se não fosse fantástico! Como poderia aquele garoto tão imaturo, irritante, mal educado e cleptomaníaco ter tanto poder nas mãos? ou seria melhor dizer nos pés? Magnus se levanta rapidamente e arrasta sua cadeira para mais próximo da mesa onde Pietro estava sentado e com os cotovelos sobre a mesa ele fita fortemente os olhos acinzentados que insistiam em olhar em qualquer outra direção. De tal forma que Erik simplesmente desistiu de encará-lo e cruzou os braços. Num riso meio cínico e programado, Erik chama a atenção de Pietro.

-Ei, garoto. Então você gosta mesmo de ser um pé no saco das pessoas, não é? Isso e legal, de verdade. É um sinal que você prova da liberdade, ser livre chateia os outros. Acho que cada um, até mesmo o recatado Charles Xavier, gostaria de experimentar um pouco dessa liberdade de vez em quando. Sabe, quando eu estava começando a conhecer meus poderes eu rou...comprei um livro de química, não se achavam tabelas periódicas em toda lugar. Na tabela havia uma lista, de todos os metais já descobertos mas havia um em especial...um que não pode ser segurado, a temperatura ambiente o torna uma substância cinza, líquida o bastante para não poder ser segurada ou contida, aliás, você até poderia tê-lo nas mãos mas te daria uma série de problemas...tem o mesmo nome que o mensageiro grego dos deuses, aquele com asas nos pés, por conta de sua fluidez...~Erik faz uma colher, do mesmo tipo que a que Pietro usa para comer o sorvete flutuar até o recipiente e tirar um pouco levanto até sua boca que espera aberta, depois mantendo a colhe ainda um pouco na boca, Erik a tira com a mão e aponta-a para o garoto levantando as sobrancelhas~...tem muito a ver com você, que assim como o mercúrio, estranhamente eu não consigo manipular.~Isso não era tanto verdade, mas para abusar do ego do garoto era necessário inflá-lo primeiro~ Ninguém pode contê-lo, você é rápido demais para que qualquer um lhe acompanhe. E é justamente por isso que quero lhe propor um acordo. Uma noite de farra, um desafio e depois tudo o que puder roubar. O que você fez em Ballville foi incrível, mas deixou muitos rastros, o que me diria se eu lhe desafiasse a correr tão rápido como lá, mas sem destruir nada, acha que consegue? Já roubou algo da casa de um senador?
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Pietro Maximoff

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeTer Ago 04, 2015 1:28 pm

- Ela só me disse que ele dobrava umas colheres pra impressioná-la nos restaurantes. E, uma vez, consertou a cafeteira dela só estalando os dedos. Coisas assim. Esse cara não ficou muito tempo com ela, dá pra perceber isso pelo tanto que ela falou que ele era um babaca. Mas normal, mamãe já teve muitos relacionamentos. Não culpo ela.

Mais um dar de ombros da parte de Pietro.

- Essa é a graça. É a graça de ser rápido também. Você não vê, não me acompanha. Mas percebe depois...- com um sorriso displicente no rosto, ele retirou do bolso e pôs sobre a mesa logo em seguida uma carteira de couro marrom que seria mais do quê familiar para Erik...- Eu não quebrei, relaxa, ainda tá funcionando, mas digamos que a próxima pessoa a usar essa máquina vai ter uma surpresa.- ele disse, enquanto enfiava uma colherada gorda de sorvete na boca.- Minha mãe? Ah, sei lá, ela é legal quando não é dia de limpeza e ela cozinha super bem, exceto carne.

Uma careta foi inevitável para ele só de lembrar-se daquele detalhe, e ele continuou tagarelando a seguir, com a voz abafada pela boca estar cheia de sorvete:

- Ela sempre deixa a carne tostada ou pingando sangue, nunca sabe acertar o ponto. Enfim. Por que quer saber? Ah...- a pausa na fala dele foi apenas para que pudesse engolir o sorvete com mais facilidade.- Você viu isso na minha ficha daqui? Eu tenho sim uma irmã gêmea e ela é a minha cara. Muito provavelmente ela venha pra cá daqui uns dias, também, sabia?

Mais uma colherada de sorvete na boca, e dessa vez ele sujou a ponta do nariz. De forma que se encostou melhor na cadeira, largou a colher por um instante e limpou-se com a manga do casaco.

- Ardor? Bem observado. A Tabitha é literalmente explosiva em tudo o que ela faz. Talvez seja por isso que eu gosto de estar com ela. A adrenalina que ela tem é quase a mesma que eu sinto correr pelas minhas veias o tempo todo.- ele abriu um sorrisinho que não tinha nada de cínico nem sarcástico e nem aproveitador, dessa vez. Mas ainda assim seria meio incerto afirmar se era romântico.-  E, bem, ela meio que faz umas bombinhas com as mãos. Nem ela se dá o trabalho de ir procurar o que é, mas eu já li sobre isso uma vez. É um troço chamado de energia cinética. Ela não consegue passar a energia pra outras coisas, então ela cria um acúmulo que é uma esfera de energia plasmática pronta pra detonar. Dependendo da energia que ela colocar, a bombinha pode aumentar muito de tamanho e tal. Cara, você tem que ver quando ela põe uma máquina dessas pelos ares. A gente já fez muito isso. E depois a gente se safava porque eu levava ela nas costas pra longe.

Ele estalou a língua, com uma meia-dorzinha no canino esquerdo por conta da frieza congelante do sorvete.

- Tinha que ver no dia que fizemos uma festa lá em casa. Mamãe gosta dela, elas fofocam muito juntas.- ele revirou os olhos cinzas, sem ainda perceber que Erik tentava encará-lo - ou percebendo?

De qualquer forma, o garoto de cabelos prateados só o encarou quando Erik já tinha desistido de fazer o mesmo consigo.
Até sem querer, ele era irritante, afinal.

- Já me basta minha mãe me chamando disso.- ele coçou a nuca, afundando outra colher de sorvete na boca, mas isso não o fez se atrasar para responder:- Eu não sou chato, eu só faço a maioria das coisas pela farra. Quando se vive rápido como eu, não tem muita coisa pra te entreter, sabe? Acabei pegando gosto por ver pessoas irritadas. É engraçado.- ele disse aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo - e, talvez por isso, tivesse realmente soado como uma indireta para Erik.

Indireta que se tornou mais do quê direta quando Pietro cruzou os braços sobre o próprio peito, erguendo ambas as sobrancelhas grisalhas duas vezes, fitando Erik diretamente, com um sorrisinho tão travesso que lhe comprimia os lábios.

- Roubou um livro de química? Nossa...- ele fechou a expressão, franzindo o cenho.- Não tinha nada melhor pra pegar, cara? Aliás, roubou pelo desafio de usar as mãos ao invés dos poderes ou o livro era metalizado? Acho que não, né.- ele resolveu deixar as piadinhas de lado e se concentrou, a seguir, no que Erik continuava a dizer, antes de exclamar um "ei!" quando a colher simplesmente roubou um tanto de seu sorvete. Apenas naquele tempo mínimo, quando Erik recomeçou a falar, Pietro secou o recipiente à sua frente, não restando mais sequer uma gota de cobertura, já que ele havia levado a borda do vidro até a boca e sugado-a completamente.- Mercúrio.- ele disse, um segundo de diferença antes que Erik o dissesse, também.

Pietro colocou a tigela sobre a mesa, os cantos da boca sujos de chocolate.

- Minha mãe tem uma biblioteca de livros abandonados no nosso porão. Os livros são todos sobre metais e etecetera, mas tem uns de química também, e outros sobre genoma humano e essas coisas. Uma vez eu perguntei pra quê ela queria aquilo se ela nem lia, e ela me disse que era porquê, há uns tempos atrás, tinha "tentado entender" o cara que mexia com metais. Enfim, eu peguei pra ler um dia, junto com minha irmã gêmea e nós vimos algo sobre esse metal. Ela começou a me apelidar disso, e o nome meio que pegou. Se você olhar na minha ficha, vai ver.- ele jogou a franja cinza para trás, e se espreguiçou na cadeira.- Aliás, acho que você já pescou isso de lá. Por que as pessoas aqui usam codinomes? Parece negócio de CIA. Vocês tem filiação com o FBI?

Ele deu um risinho baixo.

- Quer me manipular por quê? Me disciplinar é meio inútil, já vou avisando. E, espera, como assim você não consegue controlar mercúrio? É um metal, né não?- o sorriso dele se alargou com as palavras que ouvia de Erik, e a postura de Pietro só se tornou cada vez mais despojada, como quem quer parecer mais épico possível. É claro, as palavras de Erik o faziam se sentir assim, mas ele não as agradeceria, claro que não.- Isso aí, ninguém pode me conter. Cara, é claro que eu consigo. É só destruo coisas com a pressão do vento nas corridas se eu quiser. Dá pra dar uma controlada. Vai sair alguma coisa quebrada, mas eu só destruí a cidade naquela vez porque, como eu falei, tava empolgado. E...- as reticencias dele, daquela vez, se mostraram numa breve confusão, que levou a expressão soberana dele para uma esta franzida.- Casa de senador? Watafuck. Eu não. Você já? Você é meio doente, sabia? Mas tanto faz, eu já entrei na Casa Branca.
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Erik Magnus Lehnsherr

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeQua Ago 05, 2015 3:18 am

-" Ela só me disse que ele dobrava umas colheres pra impressioná-la nos restaurantes."-
Os olhos azuis de Erik que se mantinham abertos porem um tanto apertados agora se tornam arregalados, suas sobrancelhas se contraem como se estivesse ouvindo algo muito revelador, e realmente era algo assim...Aquilo que Pietro dissera lhe fez pensar longe, no passado, anos atrás quando ainda andava para cima e para baixo com seu querido amigo tampinha atrás de farras, mutantes e universitárias solteiras...Bem, foi impossível não ir tão longe, o garoto disse aquilo com tanta certeza que realmente parecia saber de algo que nem mesmo Charles sabia.



ALGUNS ANOS ATRÁS....ALGUM LUGAR DO CENTRO DA CIDADE.

-Não devia remoer tanto o passado, Erik. Aquela noite nunca se repetiu.

-Charles, já é a terceira vez essa semana. tente por favor não se envolver com mulheres comprometidas, você lê as mentes delas para saber do que gostam mas não para saber se são casadas com homens de quase dois metros, cansei de ser seu álibi. Da próxima te deixo lá!

-Terceira? Não seja tão exagerado! e ele tinha só uns... 1,90 de altura.

O silêncio da madrugada era um palco para os passos estalados dos dois amigos que insistiam em curar as frustrações de suas buscas por mutantes em todos os bares da cidade, dessa vez não tiveram muito tempo para se embriagar pois Charles acabou arranjando uma confusão grande com um cara ainda maior. As cigarras cantavam enquanto o telepata com as mãos nos bolsos da calça social combinando com o colete andava lentamente ao lado do magnético com jaqueta marrom, já era bem tarde e já que até a bebedeira foi frustada, só lhes restavam um último suspiro de diversão...jogar xadrez. E por isso estavam indo pra casa. O silêncio tão confortável aos amigos não durou por mais tempo do que já havia durado, logo quase que num susto ambos param o caminhar quando Erik estende o braço o pondo na frente da barriga de Charles fazendo-o parar junto a ele, um balançar de cabeça faz o telepata também olhar na mesma direção. São gritos de uma mulher um tanto descabelada, xingamentos e berros direcionados a um homem que também parecia estar meio estressado e saia rapidamente em seu carro. A mulher jogou um dos sapatos no carro na tentativa de acertá-lo mas sem sucesso, o vestido vermelho um pouco curto combinava muito bem com a jaqueta lilás e talvez isso tenha chamado muito a atenção do polonês...certo, o vestido curto foi o que mais teve a ver com isso.

- Por que paramos? Você a conhece?

- Não...quer dizer, ainda não.~um leve sorriso toma conta do rosto do polonês enquanto ele continua a olhar a tal desconhecida.

- Oh, não. O que está planejando, hein? Não vai me fazer ter que ser sua babá denovo. É só uma briga de casal.

- Ué, Charles. Você é o telepata aqui, me diga o que estou pensando com seu negócio de dedar o cérebro.~outro riso e o olhar azul fita Charles~Ela pode ser uma mutante e podemos ajudar.

-Espere...~Os dedos de Charles vão ás têmporas~Não, ela não é. Vamos embora Erik. Está tarde.

-Não acredito, garotão! Pode até não ser uma mutante mas olha o tamanho daquele...

- Erik, por favor, não seja tão grosseiro...mas até que tem razão.

- E então, eu ou você?

- Quer saber...pode ir, já chega de desilusões amorosas pra mim por hoje. Só cuidado, está tarde e eu não quero ter de resolver se algo der errado.

- Isso! Eu vou rezar antes de dormir, obrigado professor.~Um riso seguido de um olhar meio cínico e Erik começa a andar em direção a mulher~ Bom, isso você só vai saber amanha de manhã. Até depois, Charles e...Tente não dar em cima de outra mulher casada.

Antes de qualquer tipo de resposta, Magnus corre até a mulher que agora está sentada no meio-fio sem um dos sapatos e jogando pedras para o outro lado da rua. Um batom vermelho tornava a mulher ainda mais notável, e antes mesmo que ele pudesse dizer alguma coisa, ela foi mais rápida e apenas balançou as mãos para ele quando já estava próximo o bastante.

- Olha, não pedi ajuda. Então nem venha se passar por bom moço.

- Eu não sabia que haviam mais telepatas por aqui~Foi apenas um tipo de sussurro rapidamente corrigido~...quer dizer...eu não vim oferecer ajuda, vim apenas perguntar se está bem. Parece que o carinha alí não estava se dando muito bem com você, o que houve?

- Nada demais, ele é só um filho da p*ta que acabou de perder tudo o que ele deixou na minha casa por que eu vou queimar tudo! E nem tente me dizer para não fazer!

- Eu não ia dizer isso, mas, se precisar de ajuda...eu tenho uns fósforos.~Um sorriso de canto de boca uma leve piscada são deixadas como complemento~ Venha, se levante, te pago uma bebida.~ Erik estende a mão para ajudar a mulher a levantar~ Qual seu nome?

- Eu sou Magda...~Após segurar na mão recém estendida ela se levanta e em suas mão está a carteira de Erik~Prazer em conhecê-lo Senhor...~Ela abre a carteira e a olha rapidamente~ Erik Lehnsherr.

-Me dê isso aqui~ Rapidamente, Erik pega a carteira de volta~ Você tem mãos rápidas, espero que não sejam apenas para roubar.

- Você não faz ideia...~Um riso de ambos e um apontar para um pequeno restaurante por parte de Magda fazem um iniciar de uma caminhada.

Poderia ter sido apenas um jantar com vinho europeu, poderia ter sido apenas uma noite comum para desconhecidos pelo menos por parte de Erik que não disse nada sobre sua vida...diferente da mulher de vermelho que falou tudo, desde seus outros oito namorados até o último dessa mesma noite. Ela falava tão rápido que Erik mal conseguia entender o que ela falava quando do nada as frases perdiam pausas e entonações, era como uma máquina de falar, só parava para beber o vinho ou dar garfadas no macarrão, isso seria um problema se de um jeito estranho Magnus não estivesse gostando, mas ele estava. As vezes para melhor organizar o que ela dizia, Magnus apenas a chamava atenção para o próprio garfo que misteriosamente entortava em sua mão gerando uma pergunta que se repetia várias vezes: "Como você fez isso?"
Magda contou sobre o ex que ela quebrou três costelas, do que se jogou duma ponte para fugir dela e além disso, ela repentinamente roubava gorjetas quase que toda vez que o garçom passava por ela, Erik via mas achou melhor ver até onde aquela gatuna poderia ir, e bem, Não demorou muito até ele descobrir...Depois de duas garrafas de vinho e vários roubos de gorjeta, eles foram para a casa dele onde fizeram questão de jogar todas as coisas do tal ex pela janela, inclusive as roupas. Não as queimaram mas não foi por falta de vontade, foi apenas por que estavam ocupados demais tirando também as próprias roupas e a noite se prolongou por mais uns dias até que as coisas passaram a ficar estranhas, e isso acabou fazendo os dois se afastarem.

DE VOLTA AO REFEITÓRIO.....PRESENTE.

As memórias não foram além daquilo. Eram coisas que Erik costumava não pensar então preferiu permanecer assim, até por que de uma forma coincidentemente incrível, sua carteira também acabou nas mãos de Pietro e isso fez sua mente focar em uma hipótese no mínimo absurda pensando-se nas probabilidades de se acontecer. Mas era estranhamente uma coincidência enorme, ainda mais quando Pietro falou sobre os dotes não culinários da mãe e de sua irmã gêmea...mas a sua mente parecia rejeitar pensamentos sobre a mesma tal hipótese. Tentando ignorar os próprios pensamentos ele continuou a falar com Pietro como se o repentino pensamento não tivesse tomado conta de sua mente. Por que diabos a mãe de Pietro teria tantos livros sobre metais? Por que querer tanto entender esse cara que controlava metais...esse cara que...não, não pode ser! Chega a ser bobo para Erik estar pensando nisso mas ele segue.

-Isso é lindo, Pietro. Por que não compra um buquê e uma caixa de chocolates em formato de coração para ela?~De forma sarcástica Erik fala e dá inicio á um riso que dava mais ênfase ao que dizia mas após Pietro continuar a falar apenas aumentou sua curiosidade~ O plasma é o quarto estado da matéria, quando ela já se tornou apenas energia, ela pode manipular isso? Isso é incrível! Vocês parecem ser uma boa dupla mas são grandes demais para permanecerem fazendo roubos tão pequenos. Já pensou o quanto poderiam fazer para ajudar mutantes como você, como nós? Você pode ser de grande importância na nossa...luta. E não, embora mercúrio seja um metal,  seu estado líquido acaba me impossibilitando de o manipular com eficácia.~Era uma mentira mas claro, Pietro não tinha como saber.~ E não, o livro era normal, eu o roubei por que quando acabei vindo para cá, para essa cidade, eu não tinha muito dinheiro e precisava entender melhor sobre mim antes de procurar continuar meus planos, Mas admito que é foi desafiador não usar os poderes. ~Um tipo de silêncio e então Erik pode observar que a sua frente já não havia mais sorvete, o garoto era extremamente egocêntrico e egoísta, as semelhanças se tornavam mais e mais visíveis enquanto Erik percebia que até o que dizia parecia estar sofrendo influência de sua mente que não parava de se perguntar a mesma pergunta, Magnus coça a nuca e arrumando o cabelo da frente da testa ele tenta manter o tom de voz o mesmo ~ nós usamos codinomes para proteger-nos dos ignorantes que tentam nos excluir deste mundo que também a nós pertence, digamos que existam muitos anti-mutantes por aí. Imagine que esses anti-mutantes que tem surgido acabem prejudicando sua família. Não gostaria de impedir? Ou você é o único mutante? Aliás...~A garganta de Erik estala ao engolir seco~Q-qual o n-nome da sua mãe, mercúrio? E porque diabos está com a minha carteira? Nós não somos nenhuma organização secreta!

Um leve sorriso enquanto Erik observa atentamente cada traço de Pietro como se buscasse uma resposta que não queria encontrar. Podia parecer cômico se não fosse estranho que Mercúrio continuasse a falar da mãe a cada pergunta que Magnus fizera mesmo que não a envolvesse: "Já me basta minha mãe me chamando disso" "Mamãe gosta dela, elas fofocam muito juntas" " Minha mãe tem uma biblioteca de livros abandonados no nosso porão."
Isso só fazia a mente do polonês criar uma dúvida ainda maior mas Erik não queria criar essa dúvida no garoto também. De qualquer forma, ele tentou novamente voltar a focar nos outros assuntos, sua mente estava mais do que confusa. Mas finalmente veio da boca de mercúrio algo que soasse tão interessante quanto a dúvida anterior.

- Nunca roubei nada de nenhum político, pra dizer a verdade, eles que fazem isso conosco. Então esqueça o senador por enquanto...me conte como entrou na casa branca! E já que gosta de farra, quem sabe eu possa te arranjar a maior que já teve!
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Pietro Maximoff

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeSáb Ago 08, 2015 1:45 am

Se Erik foi capaz de relembrar como um todo de flashback aquela memória definitivamente peculiar, então Pietro foi capaz de viajar muito mais em sua própria cabeça, mas em coisas não tão importantes assim(na realidade, nada importantes) - como sempre.
Porém, como lhe era esperado, quando aquele garoto se perdia, ele se achava fácil.
De tal forma que não foi difícil, mesmo se distraindo em seus pensamentos algumas milhões de vezes mais velozes que os do professor, que Pietro se desse conta da demora de Erik para falar daquela vez.

- Cara, que foi? Tá doidão? O gato comeu sua língua? Ei? - ele até se atreveu a passar a mão em frente ao rosto de Erik, como se perguntasse a si mesmo se ele estava visualizando, até que o professor finalmente se manifestou. Pietro recolheu a mão, cruzando os braços e então fazendo pressão contra o chão, balançando-se na cadeira que não exatamente servia para isso.- Que foi que houve com você? Ficou uns 7 segundos e dezesseis milésimos em silêncio, cara, achei que tinha tido um AVC. Enfim, eu não dou essas coisas pra Tabitha porque ela não gosta disso. Digamos que ela prefere sair comigo de madrugada e pichar uns patrimônios históricos.

E sim, ele realmente respondeu aquela pergunta sem se dar conta do sarcasmo de Erik - ou então fez questão de chutá-lo para trás, sem se preocupar com este.

- Luta? Você quer dizer guerra, né? Tem gente se matando lá fora por causa disso. Humanos e mutantes, mas eu nunca prestei muita atenção nisso. Eu só gosto de assustar os humanos, às vezes. E acho que a Tabitha também. Aí, que legal.- ele emendou na mesma frase.- Se eu tirasse todo o metal que eu tenho na minha roupa, tipo meu relógio, você não me manipularia também. Aliás, ótima dica, pode me chamar de Mercúrio de agora em diante.- ele deu um sorriso soberano, como quem se gaba de uma vitória declarada.

Pietro era ingênuo, sem dúvida. E com um ego maldito que não lhe saía da cara esnobe por um segundo.
E que Erik parecia estar tendo sucesso em enchê-lo disso, afinal, se era isso o que queria.
Mas, talvez, só talvez, Pietro fosse realmente um tipo de mercúrio que não se podia manipular...
Não tão fácil assim.
Acontece que aquele garoto era simplesmente teimoso para todo o resto do mundo, exceto para uma garota de cabelos castanhos que estava longe o suficiente dele, embora eles quase nunca tenham vivido realmente assim - na verdade, eram sempre os mais próximos possíveis.

- Então a gente é tipo super heróis, mas sem realmente ser. Maneiro. Mas eu não gosto muito de super herói, os clássicos me dão tédio. Ainda mais o Capitão América. Já leu as HQ's dele? É muito clichê. - ele suspirou, umedecendo os lábios com a língua rapidamente(dã).- Eu não vi muitos anti-mutantes, mas humanos em geral são, não? Todos eles morrem de medo e todos eles apontam armas pra mim quando descobrem que eu sou um milhão de vezes mais rápido do quê eles poderiam ser. É engraçado, até...

Certo.
Daquela vez, aquilo foi mesmo uma reticência, de uma forma que Pietro ergueu os olhos claros muito brevemente para cima e se manteve em silêncio por um, dois segundos, como se indagasse a si mesmo a veracidade de sua afirmação...
Mas ele se concentrou logo no assunto seguinte:

- O nome da minha mãe?- ele riu, breve.- Quer brincar de adivinhar? Começa com M. Diz aí.

Não havia nada de suspeito em seu olhar.
Não havia nada de suspeito em seu rosto, como um todo.
E em sua entonação não existia sarcasmo ou ironia.
Ele apenas... propôs.

- Eu sei que não são, se fossem de alguma organização secreta vocês não teriam cartõeszinhos de contatos pra distribuir o tempo todo, mas você especificamente tem uma coisa bem secreta aqui.

O garoto ergueu uma das mãos, horizontalmente e, entre seu dedo indicador e o do meio, havia um papel quadrado cor-de-rosa e, bem ali, com letras feias de glitter, havia um displicente:
"Cupom premiado de desconto no Born Villain Strip Bar".
O adolescente girou o papelzinho peculiar entre os dedos...
Antes de cair na gargalhada com o que Erik dissera.
Talvez fosse a primeira vez que ele tenha rido tão forte e focado em algo.
Já era um avanço(?).

- É verdade. Essa foi boa.- ele jogou a franja prateada para trás.- Ah, eu só entrei lá pra ficar na sala de jogos do presidente, sabia que ele tem uma? Foi quando eles estavam no gramado da Casa prestando uma homenagem ao 11 de setembro, das torres lá e tal. Eu só tava passando e aproveitei pra ficar umas horas lá dentro. Sério, tá vendo esse relógio no meu braço?- ele sacudiu a mão quase em cima do rosto de Erik, sinceramente, mas logo se encostou na cadeira de novo.- É prata de verdade, e dentro tem uma câmera, e tem fios de ouro nos ponteiros. Isso vale mais que a minha casa. E eu peguei da cabeceira da cama do quarto de casal. Legal, né? E que farra é essa, cara?
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Erik Magnus Lehnsherr

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MensagemAssunto: Re: Refeitório    Refeitório  Icon_minitimeSáb Ago 08, 2015 5:35 am

- Sete segundos parecem ser mesmo uma eternidade pra você, foi essa impaciência que te deixou grisalho primeiro que eu?~Um leve risada e Erik arruma o cabelo tão bem penteado~Eu acho que me cairia bem uns tons de grisalho.~Erik ri enquanto agora passa uma mão pela cintura por cima da barriga enquanto gira a pequena colher no ar com o movimento do dedo~ Eu poderia dizer algo como "Não deveria pichar estátuas" mas vendo que são apenas representações fúteis da normalidade humana medíocre...piche ao menos um raio prateado da próxima, faça eles saberem quem passou par lá.

O jeito como Pietro falava da guerra que ainda se escondia em becos, descriminações, tabloides mentirosos, notícias forjadas que encobriam assassinatos de mutantes ou espancamentos e outros meios que os humanos encontraram era de certa forma egoísta, falava como se não ligasse para os mutantes que morriam todos os dias...pra dizer a verdade, Pietro não parecia ligar pra muita coisa a não ele e os que pareciam ser importantes ou necessários para ele, a família e a tal  Tabitha. Vendo por esse lado, para ganhar os favores de Mercúrio bastava usar um desses entes queridos para fazê-lo aceitar a proposta, talvez fosse uma boa ideia mas...Aquele jeito de falar parecia tão ingênuo para Erik, talvez Mercúrio nunca tenha sentido a dor da opressão, quem iria conseguir impedir ele de fazer algo? No fundo, Mercúrio era apenas sortudo. Fazer Pietro de alguma forma se filiar a Irmandade era o principal objetivo mas a mente inquieta e cheia de dúvidas do polonês ainda martelava os tais pensamentos sobre um passado que ainda não esquecido.

- Sim, tem gente se matando lá fora, mas também há irmãos morrendo. Não acha que deveria ser o contrário? nós somos mais fortes, mais evoluídos...mais rápidos, por que estamos sofrendo essa opressão? Você gosta de assustar humanos, não devia falar disso como se fosse algo comum, você é rápido e parece não se importar com nada, isso é um ponto forte em você. Mas Pietro, e quando não puder correr? O que você fará? como protegerá sua família ou sua namorada se simplesmente te prenderem os pés ou te acorrentarem? Você é rápido e não duvido que seja bem trabalhoso tentar te prender mas...Você não pode correr pra sempre. Eu entendo que pra você o mundo pareça não ser nada, pareça ser tão pequeno quando pode dar uma volta nele enquanto tomo um banho, sei como deve pensar que manter sua família protegida é o bastante e o resto que se dane, eu também pensava assim. Pensei que poderia proteger minha família mas...eu estava errado.~Erik torna a ficar em silêncio apenas olhando o nada a sua frente, porque estava dizendo aquilo para Pietro? porque aconselhá-lo? Um balançar de cabeça e Magnus tenta entrar novamente na linha de raciocínio~ Enquanto essa guerra continuar acontecendo, matando outras famílias, a sua ainda estará em risco. Não vou lhe dizer o que fazer, não sou seu pai mas eu...~Um engolir seco e estalado impede Erik de continuar até piscado fortemente ele continua~Eu posso lhe dar a chance de fazer a guerra parar, Mercúrio. Aliás, eu conheci um homem que ajudou a parar uma guerra e eu estava no meio dela.

Uma breve e leve lembrança vem a memória de Magnus, fora há muito tempo quando a segunda guerra chegava ao fim. Os rádios gritavam as notícias de invasões pelo litoral alemão, talvez apenas Erik entendesse o que estava realmente acontecendo pois fala alemão, e o soldado que vigiava onde ele e outros estavam mantinha um pequeno rádio ligado. Um estrondo fez cair poeiro da teto, o soldado entrou gritando e Magnus apenas tentou se comunicar dizendo que ninguém alí fizera nada mas o soldado nazista apontou uma metralhadora para ele e os outros -"Geh wieder ins Bett, oder ich werde jeden töten!"- O nazista gritou, mas ninguém alí além de Erik falava alemão, então ele apenas deu de costas para o soldado e gritou que todos voltasse para a cama, mas era tarde, ele pode ouvir o barulho do engatilhamento da arma e então pôs as mãos nos ouvidos e tudo que escutou foi -"Você está seguro agora, mas temos que sair logo daqui."- Ao se virar ele pode ver um soldado que aparentemente não lhe era comum, seus traje era colorido e não aquele verde amarronzado que nem os dos outros. Ele então o segurou nos braços e o levou para fora arrombando uma porta e acenando para os outros soldados...a guerra havia acabado.

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- Todas as histórias que leu sobre o Capitão são verdadeiras, ou pelo menos a maioria delas. Na época ele era o mais próximo de herói que poderíamos ter mas depois da guerra ele sumiu, não se soube mais dele...E ele pode até ser clichê hoje mas na minha época todos queriam ser como ele, embora eu nunca tenha simpatizado com aquela roupa colada, ele deve estar casado, descansando em algum lugar e esfriando a cabeça depois de tantos problemas.~Magneto estava pronto para se levantar e pegar sua carteira de volta quando ouviu sair da boca de Pietro: "É engraçado..."~ Engraçado? É engraçado pra você que é mais rápido que as próprias balas mas e para queles que nem ao menos chega a fazer alguma coisa? aqueles que não sabem como se defender? Os humanos não nos entendem, e quando não entendem eles têm medo e por isso acham que devem te mata, eles colocam seu julgamento nas mãos deles, somos a raça nova, o novo passo da evolução do homem e talvez o último, é questão de tempo até que nós dominemos tudo, é natural, embora a natureza trabalhe lento demais. Você acha que os heróis de 20 anos atrás são clichês? Eu sei de alguém que poderia te fazer um herói adaptado aos nossos tempos, pronto para a guerra, sempre tendo algo para destruir, alguém para bater, o julgamento deles estaria na suas mãos, seu nome seria gritado por milhares dos nossos! Nunca quis mostrar o quanto são lentos para você? Te apontam armas porque te temem e realmente estão certos, você poderia facilmente direcionar as balas de volta...~Uma leve risada~...realmente chega a ser engraçado.~Seria melhor seguir o que já estava dando resultado, o ego de Pietro realmente parecia deixá-lo mais e mais manuseável mas assim como da última vez, Pietro foi capaz de fazer o polonês perder o foco ao tocar novamente num assunto ligado a mãe~ Não, Pietro, eu odeio esses jogos!~Mas antes mesmo de impedir o garoto de continuar ele já havia começado o jogo dizendo a primeira letra do nome, -"M"-, o estômago de Erik se contraiu quando aquele bobo pensamento parecia cada vez mais concreto~ M? Tipo...M? Eu não acredito cara...não pode ser Mag...~Assim como todas as outras vezes, Pietro não esperou por resposta antes de continuar agindo e foi isso que fez ao tirar o tal cupom da carteira de Erik, aquele retângulo rosa guardava boas e más lembranças~ Ei! Me devolve logo isso! Apenas clientes fiéis tem um desses! Eu venho guardando ele para um dia especial!~Um sorriso quase como de acompanhamento ao de Pietro surge no rosto de Erik que embora estivesse falando sério, acabou deixando sua fala mais cômica~ To falando sério! Me devolve que isso é raridade, tenho umas fichas de fliperama aí dentro que usei durante anos fazendo o mesmo truque que fiz na máquina de refrigerante, mas foi a muito tempo.~Com a mão estendida, a carteira vem como se sugada em direção a Erik que a segura firmemente a pondo no bolso~ Aposto que foi a sua mãe que te ensinou a roubar carteiras. Quer saber, pode ficar. Do jeito que as coisas andam, quando tiver tempo de ir lá já vai ter falido.~ A leve risada que se iniciou antes agora diminuía gradativamente até um rosto parcialmente sério~ Quer dizer que enquanto todos lamentavam as mortes, todos aqueles homens de bom caráter vestidos de terno faziam discurso e lembravam o acontecido...você jogava na sala do presidente e ainda roubou esse relógio do quarto dele?~ Erik olha Pietro com um típico olhar de "Você fez algo errado"~ Da próxima vez, tente roubar um colar.~ Uma gargalhada se inicia por parte de Erik, roubar algo do maior líder daqueles humanos de forma tão descarada enquanto eles choravam a morte deles mesmos era simplesmente hilário para o polonês~ Aposto que a Casa branca é cheia de alarmes, sensores de movimentos e coisas do tipo, você não parece ter problemas com eles. Ah, a farra, bom, digamos que iremos dar uma festa na casa do senador, ouvi dizer que relógios como esse são o mínimo que há naquela casa. Poderíamos aproveitar o armário de bebidas dele e acho que ele não iria se importar tanto, afinal, tenho um amigo que ajudaria a esquentar a noite.~Magnus se levanta lentamente enquanto arruma a gola do suéter~ Eu não estou pedindo um favor, eu quero um acordo. Você faz por mim, e eu por você. O que acha de ter uma casa só sua? Ninguém batendo na porta ou te mandando abaixar o volume, ninguém reclamando da bagunça ou entrando no quarto enquanto você está no banho. O que me diz?
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